Amanhã, ela vai embora
Já tem meia hora
Que eu descobri
Agora quê que eu faço dessa vida
Quê que eu faço desse mundo
Imundo, Imperfeito
Estreito
Que você me obriga a encarar
Desse jeito
Amanhã, me jogo lá fora
Não tem data ou hora
Para retornar
Me perco em tantos braços, desabraços
Tantos olhos mal olhados
Meeiros
Ligeiros
Espelhos, que ninguém consegue replicar
Do teu jeito
Amanhã, ela diz que volta
Já tem data e hora
Pra a gente se abraçar
Me vejo te encarando frente a frente
Na janela o sol nascente
Carente, perfeito
Um peito, que agora posso me deitar
E agora posso me deitar
E agora posso me deitar
Tão sereno